O que leva os jogadores portugueses a gastar mais em casinos online em 2025

Este ano revela um fenómeno claro no mercado de jogo nacional: os portugueses estão, em conjunto, a gastar mais em jogos de casino online. Os dados do regulador e da indústria mostram uma tendência de crescimento sustentado da receita bruta do segmento online, impulsionada por novos utilizadores, maior frequência de jogo e oferta técnica e comercial mais atractiva, como pode descobrir mais sobre em Zamsino.com.

Executive Digest
Novembro 12, 2025
10:00

Este ano revela um fenómeno claro no mercado de jogo nacional: os portugueses estão, em conjunto, a gastar mais em jogos de casino online. Os dados do regulador e da indústria mostram uma tendência de crescimento sustentado da receita bruta do segmento online, impulsionada por novos utilizadores, maior frequência de jogo e uma oferta técnica e comercial mais atrativa, como pode descobrir em Zamsino.com.

Perceber as causas deste aumento requer olhar para fatores regulatórios, tecnológicos, económicos e comportamentais que se combinaram ao longo dos últimos dois anos. Vejamos mais sobre este assunto neste artigo especializado.

O que dizem os números em 2025

Segundo relatórios recentes da entidade reguladora portuguesa – o SRIJ –, a receita bruta do iGaming em Portugal continuou a bater recordes: no segundo trimestre de 2025, o mercado regulado registou cerca de 287 milhões de euros de receita bruta, um crescimento de quase 10% face ao trimestre homólogo. Esses valores confirmam que o peso dos jogos de casino online, especialmente das slots e dos jogos instantâneos, tem sido determinante para o crescimento total do mercado.

Além disso, o universo de contas registadas e ativas manteve-se elevado: 4,9 milhões de contas registadas até meados de 2025, um aumento significativo face ao ano anterior. O crescimento da base de utilizadores aumenta naturalmente o volume de apostas e o montante total apostado, mesmo quando a maioria dos jogadores faz apostas de valor moderado.

Motivos económicos e de oferta

Há explicações práticas e económicas para este crescimento. Em primeiro lugar, a ampliação da oferta: os operadores licenciados melhoraram os catálogos de jogos, as interfaces móveis e as promoções personalizadas. Os jogos de casino modernos, com gráficos avançados e funções interativas, captam e retêm a atenção dos utilizadores, que assim jogam com maior frequência. A competitividade entre operadores levou, por sua vez, a campanhas de marketing e bónus que aumentaram a atividade.

Em segundo lugar, a integração tecnológica: o uso intensivo do telemóvel em Portugal e a disponibilidade de pagamentos instantâneos tornaram as plataformas mais acessíveis. A facilidade de acesso e a experiência de utilizador superior são fatores que, somados, elevam o gasto médio por jogador.

Regulação, confiança e migração do mercado informal

A existência de um quadro regulatório robusto e de ações de fiscalização mais assertivas tem provocado a migração de utilizadores e volumes do mercado informal para operadores licenciados. A confiança criada pela supervisão do mercado – nomeadamente as regras de proteção ao jogador e os canais de reclamação – incentiva os jogadores a apostar em plataformas autorizadas, porque sentem que a sua atividade está mais protegida e que pagamentos e levantamentos são tratados com maior segurança. Essa migração contribui para o aumento da receita bruta reportada nos registos oficiais.

Impacto dos grandes eventos e sazonalidade

Os eventos desportivos e culturais têm influência direta no comportamento de aposta. Em Portugal, a forte tradição futebolística e os torneios internacionais continuam a impulsionar os volumes em períodos específicos. Em 2025, apesar de o casino online ser o motor principal do crescimento, as apostas desportivas também contribuíram, sobretudo em épocas com calendários intensos de jogos. A conjugação desses eventos com promoções comerciais amplifica o gasto por utilizador nesses períodos.

Riscos e sustentabilidade do crescimento

O aumento dos gastos traz benefícios em termos de arrecadação fiscal e investimento no setor, mas também levanta preocupações de âmbito social e regulatório. A intensificação da atividade pode aumentar a exposição de perfis vulneráveis ao risco de jogo problemático; por isso, a monitorização e os programas de jogo responsável são cruciais. Reguladores e operadores têm de investir em ferramentas de deteção precoce de comportamentos de risco, limites personalizados e programas de apoio. Se não for gerido adequadamente, o crescimento pode gerar custos sociais que superem os ganhos económicos.

Além disso, os operadores internacionais que entraram no mercado português trouxeram capital, tecnologia e experiência, acelerando a modernização do setor. Ao mesmo tempo, o ambiente fiscal e de licenciamento em Portugal – com regras claras e um regime tributário definido – tornou o país mais atrativo para investimentos regionais. Porém, os operadores alertam para o risco de cargas fiscais excessivas que podem reduzir as margens e, eventualmente, as promoções aos jogadores, o que teria impacto contrário no comportamento de despesa. O equilíbrio fiscal será, portanto, um ponto sensível para a sustentabilidade do crescimento.

Perspetivas para o resto de 2025 e 2026

A expectativa geral entre analistas é de que o mercado possa continuar a crescer, embora a um ritmo mais moderado do que nos anos anteriores. Sinais de estabilização já foram observados no primeiro trimestre de 2025. A consolidação dos operadores, eventuais ajustes regulatórios e a maturação do mercado deverão orientar o crescimento para uma trajetória mais sustentável, com foco na proteção do jogador e na inovação responsável. Soluções tecnológicas que aumentem a transparência e as práticas de jogo responsável serão cada vez mais valorizadas por consumidores e autoridades.

Apesar das oportunidades económicas, o desafio passa por garantir que este crescimento seja acompanhado por medidas robustas de proteção ao consumidor e por uma fiscalização eficaz, de forma a maximizar os benefícios sociais e minimizar os danos. O futuro do setor em Portugal dependerá da capacidade de conciliar inovação, responsabilidade e uma regulação justa.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.